O esporte é a escola que não dá diploma, mas ensina pra vida.
O esporte forma caráter, ensina disciplina, empatia, respeito, trabalho em equipe e resiliência — competências que o mundo moderno cobra, mas poucas escolas ensinam.
Tenho três filhos — e sei bem a dificuldade que é conciliar tudo. Trabalho, cuidar da saúde, treinar, estar presente, educar… Família é amor, mas também é gestão de tempo, paciência e prioridade. E cuidar de filhos é fácil; o difícil mesmo é educá-los.
Não falo isso apenas como profissional que trabalha com esporte há quase 30 anos, mas como pai vive — a transformação que o esporte é capaz de causar. Vi isso em mim. E hoje vejo nos meus filhos.
Eles adoram o esporte. Mas também gostam de games, de celular, de tudo o que faz parte do mundo atual — e está tudo certo. O entretenimento digital tem seu valor, afinal, nós mesmos muitas vezes também nos pegamos horas e horas olhando para a tela do celular.
Mas o esporte, é um tipo diferente de entretenimento rea. Ele movimenta o corpo, mas também o coração, mente e emocional. Ensina a perder, a insistir, a cooperar. Desperta a curiosidade, a amizade e a superação. É ali, num treino, numa corrida, num chute ou num mergulho na piscina, que as crianças descobrem quem são — e os pais redescobrem o prazer de estar junto. Em ter uma oportunidade de estar junto e de conviver.
Nosso papel, enquanto pai, é apresentar o maior número possível de modalidades, deixar que experimentem, que sintam, que escolham. Porque quando a criança encontra uma atividade em que tem prazer e algum sucesso, ela floresce. E um destaque aqui, é de suma importância que tenham sucesso, esse "papo furado" que perdendo é que se aprende e retrogrado, ninguém que não tenha sucesso continua em qualquer que seja atividade, os percausos e derrotas, serão consequências, mas apostar que isso formará um ser humano de sucesso é uma grande inocência.
Vivemos tempos em que muitos pais apostam tanto no futuro financeiro dos filhos que acabam esquecendo a essência da infância: o brincar, o descobrir, o aprender.
E talvez a maior herança que possamos deixar não esteja no dinheiro ou nos títulos, mas nas memórias de um jogo jogado juntos — de corpo, alma e coração.
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