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Eduardo Vela

Reflexões de Eduardo Vela sobre esporte, superação e transformação social

com a vivência de quem respira o esporte há mais de quatro décadas

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Descrição de chapéu Mundo

Diplomacia é esporte de alto rendimento

Na política e no esporte, saber o momento certo de atacar, recuar, negociar é o que define os grandes. O encontro entre Lula e Trump mostra que, assim como no campo, o dialogo também faz parte de jogo.

26.out.2025 às 10h55

O noticiário político voltou os olhos para uma cena improvável: um encontro entre o presidente Lula e o presidente norte-americano Donald Trump, após meses de desgaste ideológico, críticas e tensões diplomáticas. De um lado, um líder de perfil progressista; do outro, um ícone do conservadorismo mundial. Dois jogadores de estilos opostos — mas que, em determinado momento, precisaram sentar à mesa para conversar.


Lula se reúne com Trump na Malásia

Lula se reúne com Trump na Malásia — Foto: Ricardo Stuckert/PR

Se pensarmos bem, a política e o esporte jogam no mesmo campo da estratégia. Quem atua no esporte sabe: há momentos de ataque, quando é preciso ir pra cima, pressionar, impor ritmo. Mas há também o tempo de recuar, de marcar com inteligência, de esperar o contra-ataque certo. A maturidade está em saber alternar esses papéis, sem perder o foco no objetivo — vencer o jogo, sem destruir o adversário.


O encontro entre Lula e Trump é um exemplo clássico de como até os rivais mais duros precisam aprender o jogo da negociação. No futebol, chamamos isso de leitura de jogo: entender o momento, interpretar o contexto, ajustar o posicionamento. O atleta que só ataca se desgasta; o que só defende, nunca cresce. O bom jogador — e o bom líder — é aquele que sabe quando pressionar e quando dialogar.


No esporte, o respeito às regras é o que mantém o jogo vivo. É a maneira de manter um ponto de partida e comum, para a melhor convivência, diplomacia e jogo. Na política, o respeito e fortalecimento às instituições é o que mantém a democracia em pé. Trocar as regras ou burla-las tanto no jogo como no campo democrático é prejudicial ao bem comum. Nos dois casos, quando o ego fala mais alto que o coletivo, o espetáculo perde sentido.


Em tempos de extremos, o esporte nos oferece uma lição valiosa: rivalidade não é guerra — é movimento. E o diálogo, ainda que entre opostos, é a arte mais refinada que um campeão pode dominar.


“No esporte, como na diplomacia, quem só joga para si acaba perdendo o jogo maior — o da convivência, do respeito e da construção conjunta.”

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